Você pode não ter ouvido falar ainda do termo Cultura Maker, mas, certamente, conhece expressões como “faça você mesmo” ou “colocar a mão na massa”.
Essas palavras estão diretamente ligadas ao movimento que se tornou uma febre do século XXI: a Cultura Maker.
O que é Cultura Maker?
O movimento Cultura Maker é uma evolução do “Do it yourself” ou, em bom português, do “Faça você mesmo”.
O conceito principal é que qualquer pessoa, dotada das ferramentas certas e do devido conhecimento, pode criar as suas próprias soluções para problemas do cotidiano.
O movimento ganhou força com o surgimento de novas tecnologias, como impressoras 3D, máquinas de corte à laser e o acesso massivo à internet de banda larga, tornando as chamadas gambiarras mais sofisticadas.
A Nova Revolução Industrial
Chris Anderson, autor do livro “Makers: a nova revolução industrial”, define o movimento como uma revolução capaz de tornar qualquer pessoa capaz de produzir seus próprios produtos com um pouco de conhecimento técnico e as ferramentas certas.
Isso mudou a lógica de mercado, com empresas convidando os próprios consumidores para participar da rotina produtiva e dar opiniões sobre os serviços e mercadorias lançadas.
Para que serve a Cultura Maker?
A Cultura Maker difunde o aprendizado pela prática, permitindo que mais pessoas tenham acesso à confecção de produtos, antes restrita às indústrias de massa.
O conhecimento circula mais e todos têm a oportunidade de desenvolver ideias inovadoras e compartilhá-las com o mundo.
O principal objetivo é provocar o potencial criativo das pessoas, incentivando-as a pensar e agir de maneira pouco convencional.
Nós vemos a existência da Cultura Maker até mesmo na criação de conteúdos, com o toque autêntico do próprio criador ou empreendedor. Caso você seja essa pessoa que gosta de colocar a mão na massa, mas talvez se sinta meio perdida, temos um guia perfeito pra você criar conteúdos com intenção.
Qual a importância da Cultura Maker?
O movimento torna as pessoas mais autônomas e proativas, menos dependentes dos outros para encontrar soluções.
Na educação, a Cultura Maker permite que crianças desenvolvam habilidades importantes para o futuro, como criatividade, proatividade e colaboração, desde cedo.
Além disso, trabalha a autoestima, incentivando as pessoas a superarem crenças limitantes e colocarem a mão na massa.
Como a Cultura Maker está mudando a rotina das pessoas?
A Cultura Maker está mudando a lógica do consumo e da produção, com empresas mais preocupadas em atender às necessidades dos clientes e os consumidores ditando as regras na oferta e procura.
Agora, qualquer um pode lançar o protótipo de um produto com fins comerciais, impulsionando a inovação e a criatividade.
O que é Educação Maker?
A Educação Maker aplica os conceitos do “faça você mesmo” em salas de aula, desenvolvendo a criatividade e proatividade dos alunos por meio de atividades práticas.
O Laboratório Maker é um espaço para esse tipo de aprendizado, equipado com tecnologias para que os alunos exerçam sua capacidade criativa e trabalhem em equipe na busca por soluções. Um exemplo disso são os laboratórios de robótica, mas não se resumem apenas às soluções escolares e universitárias.
Outro exemplo são Oficinas Makers, espaços coletivos com ferramentas de construção, máquina de costura e estrutura pronta para criação, onde qualquer pessoa pode pagar uma taxa para usar o espaço de forma colaborativa, sem possuir todos os recursos de forma individual.
Cultura Maker: Empreendedorismo na Prática
Além de estimular a criatividade e a inovação, a Cultura Maker está intrinsecamente ligada ao empreendedorismo. Ao capacitar as pessoas para resolver problemas por conta própria, ela também as prepara para empreender.
Muitos produtos e ideias nascem da Cultura Maker e se transformam em empreendimentos bem-sucedidos, mostrando que a autonomia e a criatividade são fundamentais para o empreendedorismo.
Fernando Dolabella no livro O segredo de Luísa conta a história de uma jovem empreendedora que persegue o sonho de abrir o próprio negócio com uma linguagem simples e muitos detalhes valiosos.
Ele diz que a espécie humana é naturalmente empreendedora, ou maker, basta que lhe sejam dadas as condições necessárias.
Exemplos de Aplicação da Cultura Maker
Além de atividades práticas, a Cultura Maker está presente em iniciativas como a Olabi , que democratiza a produção de tecnologia,Lab Mocorongo um Laboratório Maker na Amazônia, e a Red Balloon, uma escola de inglês que utiliza a Cultura Maker para ensinar o idioma de forma prática e divertida.
Como aplicar o conceito ao meio corporativo?
A Cultura Maker no meio corporativo pode colaborar para a busca de soluções inovadoras perante os desafios da rotina produtiva.
Incentivar a participação da equipe de trabalho e promover concursos de ideias são maneiras de aplicar o conceito nas empresas, que oferecem benefícios como dinamismo, redução de custos, colaboração e aumento da produtividade.
Cultura Maker e Sustentabilidade
Sustentabilidade, aliás, merece um tópico à parte, principalmente, pelo momento em que vivemos. Afinal, o combate ao desperdício, o reaproveitamento de materiais e a educação ambiental são temas muito ricos.
Nesse sentido, a Cultura Maker pode sim ser sustentável, principalmente, por promover a produção sob demanda, o uso responsável dos bens e o reuso dos recursos.
Além disso, é um resgate ancestral dos saberes manuais, artesanais, e uma perpetuação de culturas.
Tudo isso pode ser uma porta para nos tornar menos consumistas e mais criadores de novas realidades!
Reconheceu algum aspecto maker por aí?
Você se sente inspirado pelo movimento “faça você mesmo”?
Conta pra gente!
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