Vamos explorar o papel do governo, dos influenciadores digitais e das empresas diante de emergências climáticas como a que estamos enfrentando.
Como essas instituições e figuras públicas agem e se posicionam diante dos desafios impostos pelo colapso ambiental? Como se posicionam?
Um cenário de privilégios: A cara da influência é branca
O processo “civilizatório” de colonização é um capítulo da história da humanidade que não deveria ser esquecido. Marcado por violência, exploração e exclusão, esse período deixou um legado profundo em muitas sociedades ao redor do mundo.
“Civilizatório” entre aspas porque comparando a ideia de civilidade e o que a gente vê nas ruas hoje em dia as coisas não convergem.
Civilização é um conceito complexo que, simplificando, diz respeito ao estágio mais avançado de uma sociedade humana, caracterizado principalmente pela sua estabilidade e desenvolvimento urbano. 🤡 O termo deriva do latim "civita", que significa cidade, e "civile", que se refere aos seus habitantes.
Acho que a gente consegue fazer melhor do que um colapso climático provocado pelo uso irresponsável dos recursos naturais, né? E quando eu digo “a gente” você pode perguntar ‘A gente quem, cara pálida?”
Nesse processo de civilizar, educar e embranquecer poucos corpos detinham o poder de decisão, enquanto a maioria era subjugada, explorada e marginalizada. Uma cultura era imposta.
Essa história de dominação e opressão deixou marcas indeléveis na forma como as sociedades se organizam até hoje.
No âmbito político, vemos reflexos desse passado em sistemas que, apesar de se proclamarem democráticos, ainda reproduzem estruturas de exclusão e desigualdade.
Spoiler: a esmagadora maioria é composta de homens cis brancos.
É nesse contexto que vamos explorar o papel do governo, dos influenciadores digitais e das empresas diante de emergências climáticas como a que estamos enfrentando.
Como essas instituições e figuras públicas agem e se posicionam diante dos desafios impostos pelo colapso ambiental? Como se posicionam em momentos de emergência climática?
Quais são as implicações desse cenário para a construção de uma sociedade mais justa e sustentável?
Primeiro vamos fazer uma tour pelo funcionamento da sociedade organizada.
Como funciona a nossa sociedade ocidental democrática
A sociedade ocidental democrática se organiza hoje desse jeito: o Estado exerce o papel de governança, garantindo direitos e serviços básicos para os cidadãos, como saúde, educação e segurança.
Os representantes políticos são eleitos pelo povo para tomar decisões em nome dos interesses coletivos, legislar e fiscalizar as ações do governo.
Quando a gente fala em Estado, estamos falando da estrutura governamental que tem o poder político e que exerce autoridade sobre uma determinada área geográfica e sua população.
Veja, o governo federal, quer dizer a nível nacional, de país, se divide em:
Secretarias: que são unidades administrativas vinculadas aos ministérios, responsáveis por áreas específicas de atuação. Do meio ambiente, da saúde, da educação, por exemplo.
Autarquias: que são entidades da administração pública indireta, com personalidade jurídica própria e autonomia administrativa, que têm uma finalidade específica, como o Banco Central do Brasil, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por exemplo.
Empresas estatais: são entidades empresariais controladas total ou parcialmente pelo Estado, que têm atividades econômicas e empresariais, como a Petrobras, a Caixa Econômica Federal e os Correios.
Fundações públicas: são entidades de direito público ou privado que têm como objetivo desenvolver atividades de interesse público, como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Fundação Nacional do Índio (Funai).
À frente dessa estrutura temos o Presidente, Vice-Presidente, Ministros. Outras figuras importantes do governo federal são:
Procurador-Geral da República: o chefe do Ministério Público Federal, responsável por representar o Ministério Público nos tribunais superiores e por conduzir investigações criminais de interesse público.
Advogado-Geral da União: o chefe da Advocacia-Geral da União, responsável por representar judicialmente o governo federal e prestar consultoria jurídica aos órgãos da administração pública federal.
Presidente do Banco Central: o responsável por definir e executar a política monetária do país, visando manter a estabilidade econômica e o controle da inflação.
Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF): ainda que este seja um cargo do Poder Judiciário, o presidente do STF exerce papel importante no cenário político nacional, sendo responsável por presidir o tribunal e representá-lo perante os demais poderes.
É importante que a gente entenda quais são as atribuições de cada um porque cada uma dessas figuras recebe um salário pra isso. E quem paga essa galera toda? Todo mundo, através dos impostos.
Quais são os três poderes e quais são suas funções?
Poder Legislativo: responsável pela elaboração das leis. É exercido pelo Congresso Nacional, composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Os deputados e senadores são eleitos pelo povo para representá-lo na tomada de decisões legislativas. Ou seja, é quem faz as leis.
Poder Executivo: responsável pela administração e execução das leis. É chefiado pelo Presidente da República, auxiliado pelos ministros de Estado e pelos órgãos da administração pública direta e indireta. Ou seja, quem coloca a lei pra funcionar.
Poder Judiciário: responsável pela aplicação das leis e pela resolução de conflitos judiciais. É composto por diversos órgãos, sendo o Supremo Tribunal Federal (STF) o mais alto tribunal do país, responsável por interpretar a Constituição Federal e garantir sua aplicação em casos de relevância constitucional.
Além do STF, há os tribunais superiores, tribunais regionais federais e juízes de primeira instância, cada um com suas atribuições específicas. Aqui é quem resolve o enrosco quando o que foi proposto pelo legislativo e aplicado pelo executivo não sai de acordo com o esperado.
Percebe que existe uma ordem lógica? Alguém faz a lei, alguém executa a lei e alguém julga quem falha em executar.
A ideia de separar os poderes uns dos outros é justamente ampliar a imparcialidade da justiça e evitar a concentração de poder para que não se favoreçam alguns grupos em detrimento de outros.
Todas essas pessoas chegam a exercer essas funções, direta ou indiretamente, por conta dos votos de confiança que a gente deposita na urna, conforme nossos valores se alinham com os das pessoas que a gente escolhe para nos representar.
O governo precisa ser mais diverso e representar a realidade brasileira
Se a população brasileira é extremamente diversa, porque o senado e a câmara, onde se tomam as decisões que vão recair sobre todos, são tão homogêneos?
Como os representantes que a gente elege fazem as leis?
O Congresso Nacional é o órgão responsável pelo exercício do Poder Legislativo no Brasil, este é o responsável por discutir e votar projetos de lei, emendas constitucionais, medidas provisórias, entre outras matérias de interesse nacional.
Além disso, também exerce funções como fiscalização das ações do Poder Executivo, aprovação do orçamento federal e autorização para operações de crédito.
Ele é composto por duas casas:
Câmara dos Deputados: Formada por representantes do povo, os deputados federais, que são eleitos pelo sistema proporcional a cada quatro anos. A quantidade de deputados por estado é determinada pelo número de habitantes de cada estado, com um mínimo de oito e um máximo de setenta representantes. A principal atribuição da Câmara dos Deputados é a elaboração de leis e o controle das ações do Poder Executivo.
Senado Federal: Composto por representantes dos estados e do Distrito Federal, os senadores, que são eleitos pelo sistema majoritário para mandatos de oito anos. Cada estado e o Distrito Federal elegem três senadores. O Senado tem como principal função representar os estados e o Distrito Federal, além de participar do processo legislativo, revisando e aprovando ou rejeitando propostas de leis.
Os representantes que a gente elege para o Legislativo, como os deputados e senadores, são responsáveis por fazer as leis através do processo legislativo.
Esse processo geralmente envolve várias etapas, que podem variar de acordo com o país e o sistema político, mas geralmente incluem:
Proposição de Leis: As leis podem ser propostas por membros do próprio Legislativo, pelo Poder Executivo ou até mesmo por cidadãos, dependendo do sistema legal e das regras específicas do país.
Análise nas Comissões: As propostas de lei passam por análise e discussão em comissões parlamentares, onde os parlamentares examinam detalhadamente o conteúdo da proposta, realizam audiências públicas, ouvem especialistas e debatem os prós e contras.
Debate em Plenário: Após a análise nas comissões, a proposta é levada ao plenário, onde todos os membros do Legislativo têm a oportunidade de debater e votar sobre ela. Durante o debate, os parlamentares podem apresentar emendas e sugestões de alterações ao texto original.
Votação: Após o debate, a proposta é submetida a votação. Dependendo das regras do Legislativo, a aprovação pode exigir uma maioria simples, uma maioria qualificada ou até mesmo consenso.
Sanção ou Veto: Após a aprovação pelo Legislativo, a proposta de lei é enviada ao chefe do Poder Executivo (presidente ou governador), que pode sancioná-la, transformando-a em lei, ou vetá-la, devolvendo-a ao Legislativo com justificativas para as alterações ou rejeição.
Promulgação e Publicação: Se a lei for sancionada pelo chefe do Executivo, ela é promulgada e publicada no Diário Oficial ou em outro veículo oficial, tornando-se parte do ordenamento jurídico do país.
Essas etapas do processo legislativo garantem que as leis sejam discutidas de forma aberta, transparente e democrática, permitindo que os representantes eleitos ajam em nome dos interesses da sociedade que representam.
Como a estrutura política funciona a nível Estadual e Municipal e como tudo se conecta?
A política a nível estadual e municipal segue uma estrutura semelhante à do governo federal, porém com algumas especificidades.
Em nível estadual, temos o governador como chefe do poder executivo, responsável por administrar o estado e executar as leis estaduais.
Ele é auxiliado por secretarias e órgãos estaduais, que desempenham funções específicas relacionadas à gestão pública.
Além disso, há também o poder legislativo estadual, composto pela Assembleia Legislativa, que é responsável por elaborar e aprovar leis estaduais.
Os deputados estaduais são os representantes do povo nesse âmbito e têm como função principal legislar sobre questões de interesse do estado.
Já a política a nível municipal é liderada pelo prefeito, que exerce o poder executivo no âmbito do município.
Assim como o governador, o prefeito é responsável pela administração municipal, pela execução das leis e pela gestão dos recursos públicos.
Ele conta com o apoio de secretarias e órgãos municipais para realizar essas atividades.
O poder legislativo municipal é representado pela Câmara de Vereadores, responsável por elaborar e aprovar leis municipais.
Os vereadores são eleitos pelo povo para representar os interesses da comunidade local e têm como atribuição principal legislar sobre assuntos de interesse do município.
Essas esferas políticas estão interconectadas de diversas maneiras. Por exemplo, as leis federais têm influência sobre as leis estaduais e municipais, pois estabelecem parâmetros e diretrizes que devem ser seguidos em todos os níveis de governo.
Além disso, questões de interesse nacional muitas vezes são discutidas e deliberadas em conjunto entre os diferentes níveis de governo, com o objetivo de alcançar soluções que atendam às necessidades de toda a população.
É importantíssimo notar também que o processo legislativo é a formalização da política.
Essa construção começa bem antes: a gente faz política propagando cultura todo santo dia até que isso culmine na necessidade de formalização.
E é aqui que a gente começa a entender melhor o papel da influência digital nesse rolê.
A conexão entre cultura e poder político: o papel dos influenciadores digitais.
A cultura e o poder político estão profundamente interligados, uma vez que a cultura molda valores, crenças e normas que influenciam diretamente as decisões políticas.
A cultura de uma sociedade determina o que é considerado aceitável ou desejável e isso afeta as prioridades e as políticas públicas.
A figura do influenciador digital tem hoje um papel importantíssimo para interferir na cultura. Com vastas audiências, eles podem impactar muitas pessoas de maneira rápida e eficaz. E essa influência pode abranger muitos aspectos.
Através de conteúdos variados, desde moda e beleza até política e estilo de vida, eles introduzem novos comportamentos, produtos e valores que seus seguidores frequentemente adotam.
Essa dinâmica cria uma cultura digital em constante desenvolvimento, onde a popularidade de certas práticas e pensamentos pode se espalhar globalmente em questão de horas.
A autenticidade e a proximidade percebidas nos influenciadores digitais também facilitam uma conexão mais direta e pessoal com seus seguidores, ampliando ainda mais seu impacto cultural.
Através dos seus discursos, influenciadores tem nas mãos o poder de mobilizar a sociedade para exigir mudanças políticas.
Não muito tempo atrás uma mulher com essa “ousadia” era assassinada e ninguém ficava sabendo. E escrevo ousadia entre aspas porque se pronunciar é um direito inato de todo ser humano. Hoje é considerado uma ousadia porque esse direito nos foi violentamente ceifado e reclamado pouco a pouco através dos anos por pessoas com (adivinha) influência.
Com grandes poderes vem grandes responsabilidades. Ficar calado diante de questões que afetam tão gravemente a humanidade é negligência.
É mais ou menos a lógica daquela frase “Se tem 10 nazistas sentados à mesa e você não se levanta então são onze.” Sabe assim?
A opinião pública já tem tomado providências quanto a isso promovendo movimentos de cancelamento em massa dessas personalidades que apresentam grave descolamento (ou desprezo) social.
Digitine, a guilhotina digital.
Um protesto digital contra "celebridades fora da realidade" está varrendo as redes sociais como um movimento intitulado #BlockOut2024, que está se tornando viral em todo o país.
Vídeos no TikTok estão incentivando os seguidores a fazer listas de celebridades cujas plataformas de mídia social devem ser boicotadas porque não protestaram contra a guerra no Oriente Médio.
O movimento começou depois que a modelo e influenciadora Haley "Baylee" Kalil compareceu à maior noite da indústria da moda - o Met Gala - vestida como Maria Antonieta. Após pagar $75.000 pelo ingresso para se misturar com outras elites, ela postou um vídeo onde dublava a infame frase atribuída à rainha morta, "Que comam brioche".
A frase "Que comam brioche" é uma tradução comum de "Qu'ils mangent de la brioche", atribuída a Maria Antonieta, a rainha da França durante a Revolução Francesa.
Supostamente, ela teria dito essa frase ao ser informada de que os camponeses não tinham pão para comer, sugerindo que eles comessem brioche, um tipo de pão francês mais caro e luxuoso.
A citação é usada para ilustrar a insensibilidade e o desdém da nobreza pela miséria do povo.
Ou seja, celebridades e influenciadores de todos os tamanhos que escolhem não se posicionar, estão negligenciando uma responsabilidade social que eles já tem nas suas mãos.
Agora vamos dar uma olhada no setor privado: as empresas e sua ação nas emergências climáticas.
O surgimento das empresas privadas está intimamente ligado à história da aceleração econômica e social, especialmente no contexto do capitalismo industrial. Aqui é onde a gente ouve falar em desenvolvimento econômico, mas eu proponho aqui a substituição desse termo.
Uma curiosidade é que as corporações não surgiram apenas como entidades visando o lucro, mas inicialmente como concessões estatais para desempenhar funções de interesse público. Olha só que louco 👀
Antigamente, o estado concedia privilégios às empresas que executavam serviços para o governo, como a construção de obras públicas, como pontes e estradas. Esse arranjo garantia investimentos arriscados em projetos voltados ao bem comum.
Por exemplo, durante a construção de uma ponte, imprevistos financeiros poderiam arruinar a saúde financeira dos proprietários da empresa contratada, já que seriam os responsáveis por eventuais prejuízos.
Nas corporações, essa responsabilidade recaia sobre os gestores públicos e não sobre os proprietários. Assim, as empresas não eram apenas entidades comerciais como a gente conhece hoje, mas desempenhavam funções essenciais para o funcionamento da sociedade.
Aos poucos as “necessidades sociais” começaram a se expandir, as corporações a se multiplicar e a lógica da acumulação também. Aí as coisas saíram um pouco do controle, digamos.
Junto com a velocidade de produção promovida pela industrialização, ao longo do tempo, o papel das empresas foi se reduzindo ao lucro e se eximindo de responsabilidades.
Ora, antigamente os distritos industriais eram muito distantes dos olhos e ouvidos da opinião pública e a comunicação era muito mais restrita. Lá longe dos olhos da opinião pública o pessoal não era tão cuidadoso, digamos assim. Mais ou menos como a criança que dá aquela olhadinha nos pais pra ver se estão prestando atenção nela antes de fazer algo que sabe que não deve.
Os poucos donos dos meios de comunicação circulavam a informação de acordo com o que era mais conveniente para suas famílias e seus parceiros comerciais, afinal, a gente sempre puxa a brasa pra nossa sardinha, não é?
Fazer as coisas de forma responsável leva mais tempo e custa mais caro porque adiciona processos: pensar no uso de recursos, na distribuição, no descarte e no impacto ambiental disso tudo. Mas é necessário.
Geralmente o processo produtivo mais barato é o mais prejudicial ao planeta e o capitalista malandro economiza cada centavo que pode.
É essa cadeia produtiva que as empresas que têm bem menos possibilidade de se esconder, hoje se vêem obrigadas a revisitar. Não dá mais pra varrer a sujeira pra debaixo do tapete. Aliás, quase não tem mais tapete.
Diante da crise climática, as empresas precisam adotar práticas sustentáveis e mitigar seu impacto ambiental. Isso inclui reduzir as emissões de carbono, minimizar o uso de recursos naturais não renováveis e investir em energias limpas e renováveis. Mas não dá pra se enganar só na ideia da compensação, é preciso gerar mais impacto positivo.
Também precisam ser transparentes sobre suas políticas ambientais e prestar contas sobre suas ações. Isso envolve relatar publicamente suas emissões de carbono, políticas de reciclagem, entre outras iniciativas ambientais.
Investir em inovação e tecnologia verde também é essencial para enfrentar os desafios climáticos.
As empresas podem desenvolver produtos e serviços que ajudem na adaptação e na redução dos impactos das mudanças climáticas.
E como todos deixamos que a coisa chegasse a esse ponto onde todos já sabemos que os eventos climáticos serão cada vez mais frequentes, o mínimo que se pode fazer é construir planos para o enfrentamento desse cenário.
E quando os eventos climáticos extremos acontecem?
Vou falar aqui sobre o evento que a gente está vivendo no Rio Grande do Sul mas precisamos adaptar essas ações para eventos de outras ordens também como estiagens longas, ondas de calor, tremores de terras e etc.
Resposta imediata e apoio à comunidade
As empresas têm alcance bem mais amplo do que a soma de seus cpfs e fazem parte da comunidade que as sustenta. Se civis doam o pouco que tem e colocam seu tempo pra jogo na hora de ajudar, as empresas não podem simplesmente se abster.
Prestar assistência direta
Reorganizar as prioridades e fornecer doações de alimentos, água, roupas, medicamentos e outros suprimentos essenciais para as comunidades afetadas e colaborar com organizações de socorro e governos locais para facilitar a logística de distribuição de recursos.
Comunicar de forma clara
Utilizar seu alcance e seus canais de comunicação para fornecer informações precisas e atualizadas sobre a situação, medidas de segurança e pontos de apoio.
Criar ações de sustentabilidade e prevenção para redução de impacto negativo
Implementar e reforçar práticas sustentáveis que ajudem a minimizar os impactos das mudanças climáticas, como a redução de emissões de carbono e a gestão sustentável de recursos naturais.
Desenvolver e revisar planos de emergência para enfrentar desastres naturais, garantindo que os gestores e funcionários estejam treinados e preparados para agir.
Investir em infraestrutura resiliente para minimizar danos futuros e garantir a continuidade das operações durante eventos extremos.
Estabelecer ações colaborativas com Governo e ONGs
Formar parcerias estratégicas com governos locais, ONGs e outras empresas para coordenar esforços de socorro, reconstrução e prevenção.
Participar de fóruns e grupos de trabalho dedicados à gestão de desastres e à sustentabilidade ambiental pode ajudar a encontrar formas efetivas de agir em conjunto.
Cultivar a responsabilidade social
Promover o cuidado genuíno com os funcionários garantindo suporte financeiro e emocional aos funcionários afetados, incluindo programas de apoio e dias de folga remunerados para lidar com a crise.
Financiar, organizar e incentivar programas de voluntariado para que os funcionários possam ajudar diretamente nas áreas afetadas.
Transparência e prestação de contas
Publicar relatórios detalhando as ações tomadas durante a crise, os recursos alocados e os resultados obtidos, estabelecer e divulgar compromissos futuros para a sustentabilidade e a preparação para desastres
Colaboração e engajamento comunitário
As empresas podem se envolver ativamente com as comunidades locais para entender e responder às suas necessidades em relação às mudanças climáticas.
Isso pode incluir parcerias com organizações locais e o financiamento de projetos comunitários de adaptação.
A força de todos os atores sociais juntos nas emergências climáticas
Até aqui temos: políticos, empresários e influenciadores.
Grosso modo, quem nos representa e faz as leis, quem produz bens e serviços utilizando recursos de uma comunidade à qual a gente pertence e dos quais a gente compra por identificação e os influencers que tem amplas audiências e o poder de afetar a cultura rapidamente e mobilizar multidões.
Nós nos incluímos nesse contexto por identificação e admiração, reconhecendo que esses influenciadores têm a capacidade de ampliar o diálogo e abranger diversos grupos de pessoas.
Isso enriquece o pensamento coletivo com pontos de vista de várias perspectivas, criando uma dinâmica muito mais horizontal, que contrasta com a ideologia tradicionalmente narrada por um pequeno grupo de homens cis brancos de classe alta, transmitida de forma hierárquica e vertical, "de cima para baixo".
Esse novo modelo de interação e comunicação é essencial para gerar a conscientização necessária.
Como comunidade, precisamos nos posicionar de maneira coerente e coordenada para exercer a pressão política que efetivamente muda a realidade de todos.
Faz sentido para você? Então compartilhe esse artigo que foi escrito por mãos humanas :)
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Texto escrito por Barbara Lang e Késsile Tanski.
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